5 Passos para Analisar o Perfil Tributário de Seus Fornecedores
Descubra como analisar o perfil tributário dos fornecedores e se preparar para os desafios da Reforma Tributária de forma estratégica!
1/15/20255 min read


Com as recentes mudanças trazidas pela Reforma Tributária, muitos empresários estão enfrentando um cenário de incertezas.
A reforma propõe a unificação de tributos como PIS, Cofins, ICMS, ISS e IPI em um modelo de IVA dual, o que promete simplificar o sistema tributário.
No entanto, as novas regras também trazem desafios, como ajustes nas alíquotas, alterações na recuperação de créditos tributários e a necessidade de revisões contratuais com fornecedores.
As novas regras prometem simplificar o sistema tributário, mas também impõem novos desafios, principalmente no que diz respeito à relação com fornecedores.
A avaliação do perfil tributário dos fornecedores se torna uma tarefa essencial para garantir a competitividade e a saúde financeira da sua empresa.
Neste artigo, vamos explorar cinco passos fundamentais para analisar o perfil tributário dos seus fornecedores e como isso pode impactar diretamente sua estratégia de negócios.
Além disso, abordaremos os principais desafios e como superá-los com o suporte especializado da RN Contabilidade Piabetá.
1. Compreenda as Implicações da Reforma Tributária
A Reforma Tributária, ao unificar tributos como PIS, Cofins, ICMS, ISS e IPI no modelo de IVA dual, altera profundamente a dinâmica tributária no país.
Uma das principais mudanças é o impacto do IVA na cadeia de fornecedores, que pode levar à:
Redução ou perda de créditos tributários
Necessidade de renegociações contratuais
Mudanças nos preços de compra e venda.
É crucial identificar se seus fornecedores estão no Simples Nacional, no Lucro Presumido ou no Lucro Real, pois isso influencia diretamente sua estratégia tributária e de precificação.
Exemplo prático:
Imagine que você trabalha com um fornecedor que opera no regime do Simples Nacional e fornece insumos essenciais para sua produção.
Hoje, os créditos tributários de PIS e Cofins representam 3,65% para empresas do Lucro Presumido e 9,25% para aquelas no Lucro Real.
Por exemplo, uma empresa no Lucro Real que adquire R$ 100.000 em mercadorias pode recuperar R$ 9.250 em créditos tributários.
Já no modelo do IVA, considerando uma alíquota de 25%, essa recuperação poderia ser reduzida para R$ 7.500, dependendo da nova base de cálculo e das regras aplicadas.
Isso geraria um aumento efetivo de custos em R$ 1.750, o que exige revisão de margens e estratégias para não comprometer a rentabilidade.
No modelo do IVA, esses percentuais podem ser ajustados ou até eliminados, dependendo do tipo de produto e serviço fornecido.
Isso significa que, enquanto atualmente você compensa parte dos tributos pagos, após 2033, essa possibilidade pode ser reduzida ou perdida.
Avaliar substituições ou negociar descontos será essencial para manter a viabilidade financeira.
2. Mapeie a Cadeia de Fornecedores
Um mapeamento detalhado é essencial para identificar quais fornecedores podem representar riscos ou oportunidades com as novas regras.
Considere:
Perfil Tributário: Identifique o regime de tributação de cada fornecedor.
Dependência: Avalie sua dependência de fornecedores com regiões ou regimes tributários específicos.
Contribuição ao Custo Total: Analise o impacto financeiro de cada fornecedor na sua operação.
Por exemplo, fornecedores no Simples Nacional podem ter limitações de créditos tributários, afetando sua margem de lucro.
Exemplo prático:
Uma empresa do setor de alimentos depende de um fornecedor regional para produtos frescos.
Atualmente, a empresa consegue recuperar créditos integrais de ICMS nas compras interestaduais.
Com a Reforma, as novas regras para o IVA estadual podem reduzir essa recuperação, dependendo da alíquota aplicada pelo estado de origem.
A empresa precisará revisar sua malha logística, priorizando fornecedores locais para mitigar os impactos financeiros.
3. Avalie os Impactos na Margem de Lucro
As novas alíquotas do IVA impactam diretamente os preços de compra e venda.
Para evitar surpresas, é importante calcular como essas alterações afetarão sua margem de lucro.
Perguntas-chave incluem:
Quanto do preço de compra será afetado pelos tributos em cadeia?
Seus fornecedores estão aptos a oferecer preços competitivos sob as novas regras?
Um estudo de caso recente indicou que empresas precisarão de até 20% a mais em capital de giro para suportar o aumento nos custos.
Exemplo prático:
Considere uma loja de varejo que adquire eletrônicos de um distribuidor.
Para mitigar os impactos das novas alíquotas do IVA, a loja tomou medidas como a renegociação de contratos para estender prazos de pagamento, o estabelecimento de cláusulas de revisão tributária, e a diversificação de fornecedores.
Além disso, a empresa adotou soluções tecnológicas para otimizar o monitoramento de custos, como sistemas ERP que integram dados fiscais e oferecem maior previsibilidade no controle de margens.
Atualmente, a carga tributária representa cerca de 18% do custo final do produto.
Com o IVA, a alíquota pode chegar a 28%, reduzindo a margem de lucro da loja em até 30%.
Para mitigar esse impacto, a loja deve reavaliar sua estratégia de precificação, renegociar condições de pagamento com fornecedores e explorar a possibilidade de aumentar o ticket médio por cliente.
4. Renegocie Contratos com Base no Novo Cenário
Com a perda de créditos tributários e o aumento de alíquotas, renegociar contratos com fornecedores é uma estratégia necessária.
Alguns pontos para consideração incluem:
Cláusulas de Ajuste Tributário: Inclua disposições contratuais que permitam ajustes baseados nas mudanças fiscais.
Preços Fixos x Variáveis: Avalie a viabilidade de contratos de preço fixo para mitigar riscos.
Mudanças no Prazo de Pagamento: Alinhe prazos com as novas exigências de fluxo de caixa.
Exemplo prático:
Um pequeno fabricante de roupas renegociou com seus fornecedores de tecido para incluir cláusulas que permitem revisões de preços trimestrais.
Isso permitiu ajustar os custos conforme as novas alíquotas do IVA entram em vigor, evitando surpresas no fluxo de caixa e garantindo previsibilidade para os próximos meses.
5. Implemente Ferramentas de Monitoramento e Compliance
Adotar soluções tecnológicas é fundamental para monitorar a conformidade dos fornecedores com as novas regras.
Ferramentas como TOTVS, SAP e sistemas ERP especializados podem ajudar a integrar dados fiscais, identificar inconsistências em notas fiscais e aplicar corretamente os créditos tributários.
Além disso, o uso de softwares de gestão como Bling e Omie pode ser eficaz para pequenas e médias empresas que buscam otimizar sua gestão tributária com custos acessíveis.
Ferramentas de ERP podem auxiliar na:
Integração de dados fiscais
Identificação de inconsistências em notas fiscais
Aplicação correta de créditos tributários.
Exemplo prático:
Uma indústria de alimentos implementou um sistema ERP que automatiza a verificação de notas fiscais.
Antes, 5% das notas apresentavam erros que geravam multas e perdas de crédito tributário.
Com a nova ferramenta, os erros foram reduzidos para menos de 0,5%, economizando até R$ 50 mil anuais em penalidades.
Como o RN Contabilidade Piabetá Pode Ajudar
Não enfrentar essas mudanças pode custar caro.
Muitos empresários já percebem o impacto da Reforma Tributária no aumento de custos e na perda de competitividade. Nosso escritório é especializado em:
Identificação de riscos e oportunidades na cadeia de fornecedores
Planejamento tributário personalizado para cada modelo de negócio
Suporte na renegociação de contratos e adequação ao novo cenário fiscal.
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